16/02/11

Auxiliares de memória

Já perdi a conta, 4, 5, 6... não sei quantos blogs já criei, para depois apagar. Desta vez prometo a mim mesmo, embora não goste de promessas, que me vou esforçar para manter este sempre a respirar.
Nunca guardei as minhas criações, nunca me apeguei a fotografias, não gosto de as ver, gosto de pensar que o arquivo se guarda dentro de nós, mas é verdade, um dia podemos perder a memória, ou esquecer coisas que nos possam ajudar mais tarde a superar obstáculos, maus momentos, e por isso talvez valha a pena deixar as recordações aflorar.
Esta ideia romântica de não guardar fotos, palavras, músicas, vem dos meus tempos de adolescente, no dia que descobri que os índios americanos não gostavam de fotografias. Vi-o num western, em que um jornalista tentava fotografar um grupo de Sioux, e estes se negaram, explicando depois que as imagens capturariam as suas almas. Fez todo o sentido na altura, espíritos livres não podem ser guardados, não podem sentir-se guardados num papel.

1 comentário:

Anónimo disse...

Talvez faça sentido guardar recordações, fotografias, textos num sentido. No futuro ao rever essas "memórias externas" percebermos quem éramos nesse tempo, qual a evolução que tivemos, para, quem sabe, sabermos em que direcção estamos a seguir.