Já ouvi muitas teorias, li muitas citações e teoremas sobre o assunto, mas só recentemente me puseram a pensar seriamente sobre uma espécie de verdade quando analisamos a forma como nos relacionamos com outra pessoa, com o trabalho, com os amigos, com o lazer.
A isto pode chamar-se a regra das percentagens, é simples e explica praticamente tudo.
Quantas vezes vemos pessoas dedicadas de corpo e alma a alguma coisa? a alguém, a um sonho, a um trabalho? Essa atitude pode ser mensurada, diríamos: "está dedicada a isso, a 100%". Eu sei, parece uma daquelas frases que se ouvem nas conferências de imprensa ou nas entrevistas dos profissionais da bola. Mas a realidade é que toda a gente age dessa forma, tanto se foca por inteiro, como o faz parcialmente em praticamente tudo na sua vida.
No trabalho há poucos que se dediquem a 100%, nas amizades também, num mestrado, num desporto e até na família, mas há. Há quem vive estas coisas em plenitude e na generalidade vêm-se obrigadas a não o fazer em todas as outras. É Normal, o tempo, o corpo, a cabeça, não dão para tudo, daí o estabelecermos prioridades. O que fazemos é atribuir uma percentagem de dedicação a cada coisa. Umas são mais exigentes, outras menos.
Há evidentemente algumas realidades em que teremos que nos focar a 100%, pelo menos não consigo pensar de outra forma. Uma relação de amor e uma paternidade, não deixam espaço a descontos, aqui não há saldos nem promoções. Um Pai ou uma Mãe devem sê-lo a 100%, um esposo, uma esposa, um namorado ou uma namorada também.
Se no caso da relação entre pais e filhos, apenas os pais devem ter essa responsabilidade, já no segundo caso, é uma premissa sem a qual não é possível viver uma relação plena e verdadeira. E ambos têm esse peso sobre os ombros, ambos devem carregar a máxima carga possível que cada um pode levar, não se pode aliviar o peso, se o outro leva tudo o que pode.
Quando conhecerem alguém, pensem qual a percentagem que estão dispostos a dar para a relação, se for 100%, perguntem, se a resposta for 99% ou 1%, tanto faz, não vai funcionar, pode ser uma amizade colorida, uma paixoneta, um caso, não vai passar disso.
No Amor não há saldos.
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