Todos temos pessoas importantes que fizeram ou ainda fazem parte do nosso mundo. Umas vão, outras voltam, outras ainda cá estão. Cada uma dessas pessoas influencia de forma e intensidade diferente o nosso pequeno cosmos, umas com marcas indeléveis, algumas mais profundamente.
Duas dessas personagens que se cruzaram no meu caminho provocaram uma mudança radical em mim, obrigaram-me a olhar para mim de maneira diferente, a deitar por terra conceitos e postulados de muitos anos, e rever o modo como lidava com algumas situações e com os outros.
A primeira, atravessou-se literalmente à minha frente, e numa atitude passíva e contemplativa, deixou-me errar, errar e errar, até que finalmente não deixou mais.
Aprendi. Nunca deixes de arriscar, nunca tenhas medo de uma resposta, nunca tenhas medo de um "Não". Mesmo que por um instinto de defesa inconsciente faças tudo para o ouvir, arrisca! O pior que te pode acontecer é acabares com essa dúvida que atormenta, e depois, ainda que a resposta seja a que tanto procuraste pelo medo de a encontrar, sofre-se o que já se sofria por antecipação, e afinal percebes que não era assim tão doloroso como pensavas.
A segunda, procurou-me, aproximou-se, e eu deixei, topei-a e dexei-a entrar, dia após dia, semana após semana, chegou onde queria. Depois deparou-se com um calvário, um egoísta, um puto que se pensava homem e que ela colocou num pedestal agravando mais ainda a minha imaturidade. Mais uma vez, errei, errei, e voltei a errar. Errei tanto que só a extenuei, a exauri, no dia que a crueldade foi demasiada. Recompôs-se, foi grande, continuou a ser, e eu na minha estupidez, quando me confrontei com a realidade, quando percebi que ela já não estava lá, voltei a reagir com a falta de juízo caracterítica de quem não "vê".
Aprendi. Tudo o que fazemos, volta para nós, what goes around comes around, não tenho dúvidas, eu já aprendi, todos aprendemos um dia.
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